Caixa Surpresa - receba chocolates todos os meses, em sua casa!
Custos de envio gratuitos para Portugal Continental em compras iguais ou superiores a 40€
Personalize os chocolates com as suas próprias mensagens...
Envios de 1 a 5 dias úteis
Todas as encomendas efetuadas após o dia 15 de dezembro, poderão ou não ser entregues a tempo de Natal
Recolha grátis na Chocolataria em Vila Nova de Gaia

Nenhum produto no carrinho.

Descubra tudo sobre Ovos de Chocolate da Páscoa

Olá,

Já há alguns anos que os Ovos de Chocolate da Páscoa para comer à colher fazem as delícias de pequenos e graúdos. Cada colherada é uma experiência com muitos sabores. Ano após ano, temos vindo a receber o testemunho dos nossos clientes de que ficaram surpreendidos.

Para quem não se lembra, em 2019, lançámos dois novos tamanhos: o mini-ovo da Páscoa e o Ovo Gigante (cerca de 1,7 kg de chocolate). Estes dois vieram juntar-se ao já tão cobiçado “Ovo da Páscoa”. Todos eles recheados com um creme de avelã que irá começar a ensinar, aos poucos, as crianças a optarem pelo consumo de chocolate negro.

O consumo de chocolate negro é benéfico para as crianças, mas tal como os adultos têm de o consumir com peso e medida. Se quiserem podem ler um artigo que escrevemos, para descobrirem todos os benefícios que o consumo de chocolate negro.

Mas bem, chega de escrever sobre os Ovos da Páscoa da Pedaços de Cacau. Hoje quero escrever sobre uma curiosidade que me andava a fazer comichão atrás da orelha.

São os mais vendidos para oferecer na Páscoa, criam as mais divertidas caças aos ovos, mas será que sabemos porque são os Ovos de Chocolate um símbolo desta época?

Embora a popularização do Ovo da Páscoa de chocolate seja uma tradição bem recente, o ovo da Páscoa já tem uma longa presença na nossa história.

 

A Páscoa: uma festa bem antiga

A Páscoa é por grande parte de nós associada à religião católica. Talvez por ser a religião mais “popular” em Portugal, mas poucos sabem que também no judaísmo se celebra a Páscoa, a Pessach ( com origem na palavra hebraica “pesah” que significa passagem – a passagem do Inverno para a Primavera e, para os cristãos, a passagem de Jesus da morte para a vida ) que celebra a libertação do povo do Egipto durante o reinado do Faraó Ramsés II. Acredito que muitos de vocês já viram ou ouviram falar do filme “Príncipe do Egipto”, que retrata um pouco esta passagem. Agora que escrevo, este filme acaba por ser uma forma de esperança quer pela mensagem que transmite, quer pela banda sonora que o compõem. Acredito que a música “When you believe”, não poderia vir mais a calhar do que agora.

 

O tempo em que se ofereciam ovos

Voltamos lá atrás na história, para irmos descobrir uma tradição, que ainda hoje se mantém: decorar ovos de galinha à mão. Não falo dos ovos de chocolate, mas sim de ovos decorados. Segundo consta, os Egípcios e os Persas – duas civilizações da antiguidade -, tinham como tradição, na época das colheitas, dar de oferta ovos decorados. Era uma troca feita pela altura do Equinócio da Primavera, a 21 de março, para celebrar o fim do Inverno e a chegada da estação das colheitas. Os agricultores enterravam depois os ovos nas suas terras como oferenda aos “Deuses das Colheitas” – como o Tatenen– para lhes trazer abundância.

O Ovo foi-se tornando um símbolo da Páscoa ao longo do tempo, no entanto, foi no séc. XII que o rei Luís VII o popularizou na corte francesa. O seu regresso depois da Segunda Cruzada (entre 1147 e 1149) foi festejado por toda a França e, como forma de comemoração, o superior da Abadia de St. Germain-des-Près ofereceu aos pobres metade de todos os produtos que tinham trazido das terras exploradas, onde vinham muitos ovos. Uma data que coincidiu ao longo dos anos com o jejum da Quaresma.

Mais tarde, já no séc. XV, a Igreja pressionou Luís XI para proibir esta comemoração porque “incentivava” o consumo de ovos durante o período de penitência. No entanto, os ovos não saíram de cena e, como forma de festejar o fim do jejum (que coincidia com o Domingo de Páscoa), as pessoas começaram a presentear familiares e amigos com ovos benzidos, na missa do Domingo de Páscoa.

 

Ovos que ostentavam riqueza

A tradição continuou, mas foi na Rússia, que muitos anos mais tarde a decoração tornou-se mais luxuosa.  Foi com o Czar Alexandre III, Imperador da Rússia -por muito de nós conhecido por ser o pai da Anastácia-, que ofereceu à sua esposa ovos decorados com pedras preciosas. Ovos com muito brilho conhecidos como “Ovos Fabergé”, nome que homenageia Peter Carl Fabergé, que tinha a seu cargo as peças de joalharia usadas na altura.

 

Uma Europa nos descobrimentos e cheia de ideais

Quando o cacau chegou à Europa, por volta do século XVII, a confeção do chocolate começou a despertar muitas ideias pelos grandes fabricantes. As ideias não paravam de surgir e foi também, por isso, que se popularizaram os bombons para oferecer no Dia dos Namorados.  Costuma-se dizer que a necessidade aguça o engenho e, os ovos da Páscoa não foram exceção.

Os primeiros Ovos de Chocolate da Páscoa, que se conhecem, foram produzidos na Europa, no início do séc. XIX, em França ou na Alemanha, antes de chegar a Inglaterra em 1873. Eram bem diferentes do que possa imaginar pois, na altura, ainda não tinha sido inventada a famosa prensa – que viria a revolucionar a indústria do chocolate até aos dias de hoje – e, por isso não era possível moldar os ovos. Inicialmente, esvaziavam o interior dos ovos das galinhas e recheavam-nos com chocolate. Por fim, para manter a tradição viva, decoravam a casca. Estes primeiros ovos eram granulados e bastante amargos.

 

A popularização dos Ovos de Chocolate

Quando o chocolate chegou a Inglaterra, os Ovos de Chocolate sofreram uma reviravolta bem saborosa. Com a invenção de uma prensa em 1828, pelo inventor holandês Van Hounten – que permitia separar a manteiga de cacau do grão de cacau- o sabor e a textura do chocolate nunca mais foi a mesma. Em 1866, a empresa de Cadbury importou esta prensa e permitindo-lhes moldar facilmente o chocolate que estavam a produzir. Foram aprimorando a arte e descobrindo que o segredo para moldar ou criar um chocolate mais suave, estava na quantidade de manteiga de cacau usada.

Em 1875, foram comercializados os primeiros Ovos da Páscoa da Cadbury, ovos ocos e recheados com amêndoas açucaradas. Usando um chocolate muito amargo e com uma superfície lisa. Mais tarde, começaram a surgir as primeiras decorações, mas resumiam-se ao uso de conchas simples realçadas com flores de maçapão e ao recheio de amêndoas açucaradas.

Os anos foram passando e arte de trabalhar com o chocolate e de decorar os Ovos de Chocolate foi-se aprimorando e, em 1893, a Cadbury Brothers, contava com 19 linhas diferentes, muitos delas baseadas em invenções francesas, holandesas ou alemãs e adaptados aos gostos Vitorianos. Mas foi em 1905, que o mercado dos ovos de chocolate sofreu uma grande revolução: a introdução de ovos da Páscoa com chocolate de leite.

Esta foi até ao dia de hoje, a última invenção para os Ovos da Páscoa. Com muitos feitios, com ou sem recheio com diferentes percentagens de cacau, mas com uma coisa em comum: chocolate.

Grandes ou pequenos, os Ovos da Páscoa de Chocolate fazem as delícias de todos.

Se nunca fizeram uma caça aos ovos, não sabem o que estão a perder. O ideal seria num jardim, mas caso não tenham essa possibilidade, fazer dentro de casa pode também ser muito divertido. Temos de nos reinventar para descomprimir enquanto estamos de quarentena.

 

Até breve,

Raquel

 

Referências para o artigo:

https://www.mychocolate.co.uk/blog/the-origins-of-the-chocolate-easter-egg/

https://www.chocolatetradingco.com/magazine/features/history-chocolate-easter-eggs